Polícia encontra cemitério clandestino do tráfico com diversas ossadas na Praça Seca, Zona Oeste do Rio
14/07/2025
(Foto: Reprodução) Segundo as investigações da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), após o Comando Vermelho (CV) tomar o controle da comunidade da Chacrinha, em 2024, criminosos passaram a executar 'qualquer pessoa com ligação com milicianos' que atuavam anteriormente na região. Polícia encontra dezenas de ossadas em cemitério clandestino do tráfico na Praça Seca
A Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) encontrou, na manhã desta segunda-feira (14), diversas ossadas em um cemitério clandestino do tráfico de drogas, localizado na comunidade da Chacrinha, na Praça Seca, Zona Oeste do Rio. Os restos mortais estavam em uma área conhecida como Serenidade.
Para chegar ao local — que fica no alto da favela, em uma região de mata fechada — os agentes montaram uma operação com o apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), tropa de elite da Polícia Civil.
Segundo as investigações da DDPA, após o Comando Vermelho (CV) tomar o controle da comunidade em 2024, criminosos passaram a executar "qualquer pessoa com ligação com milicianos" que atuavam anteriormente na região.
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De acordo com a polícia, os corpos eram queimados e enterrados no local.
A delegada titular da DDPA, Ellen Souto, explicou que a operação teve como objetivo combater a existência de cemitérios clandestinos mantidos por facções criminosas na Zona Oeste e tentar identificar se pessoas desaparecidas na comunidade estão entre os mortos.
“A operação se fez necessária diante de uma série de desaparecimentos que vêm ocorrendo nesta comunidade desde que o Comando Vermelho se estabeleceu, retirando a milícia que dominava a área. Eles passaram a desaparecer com qualquer pessoa que tivesse vínculos com os milicianos. Além de matar essas pessoas e ocultar os corpos, também invadiram casas e expulsaram moradores suspeitos de envolvimento com a milícia”, disse Ellen ao g1.
Ossada humana encontrada no alto da comunidade da Chacrinha
Divulgação
A ação contou com o apoio do Corpo de Bombeiros e o uso de cães farejadores para auxiliar nas buscas.
As ossadas encontradas serão encaminhadas para o Instituto Médico-Legal, do Centro do Rio, onde passarão por perícia.
“As ossadas serão analisadas pelo Setor de Antropologia Forense e vamos cruzar o material genético dos desaparecidos”, afirmou a delegada Ellen Souto.
Além dos restos mortais, os agentes localizaram na comunidade uma casa usada para armazenar drogas. Na residência os agentes encontraram 467 papelotes de maconha, 455 de crack, 345 papelotes de cocaína, 310 unidades de lança perfume, 100 unidades de lança perfume e 75 de ecstasy. Além de rádios transmissores e um colete balístico. Ninguém foi preso.
Grande quantidade de drogas estava escondida em uma casa da Chacrinha
Divulgação
